Quando o mundo parece desabar, eu sinto o chão tremer, parece que o vento vai me levar, para bem longe, longe do meu lar.
Eu tento fugir... Corro depressa demais. Parece que não vou suportar tanta pressão, tanta maldade, tanta ambição, tanta corrupção. Como se não bastasse tudo isso, tantos psicopatas em ação!
Parece me faltar o ar, parece me faltar coragem, parece me faltar o Eu em mim.
E me sobra desespero, começa faltar esperança, do amor ao próximo e na vida das crianças.
Dessa forma, eu vou seguindo meu instinto, e essa vida maluca me parece cada vez mais um grande labirinto.
Eu continuo correndo depressa, e continuo a fugir, mas sempre sem saber ao certo para onde ir.
De repente, encontro um lugar, onde ninguém é capaz de me tirar, uma sensação tão boa, que me faz renovar.
Uma atividade física diferente, onde trabalho o corpo e a mente.
É preciso ter concentração e equilíbrio, para não cair, o que me faz esquecer que as vezes eu quero sumir.
Controlar a respiração é fator determinante na execução da atividade, e de quebra ainda me tira a ansiedade. É preciso ter força no corpo e leveza nos movimentos, isso me tira o medo e me liberta dos tormentos.
É capaz de me despertar uma paz, que ninguém pode me tirar, nessa vida tão fugaz. A arte de pilatear, é para mim, uma injeção de bem estar!
Autora: Juliane Nunes Soares
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