quinta-feira, 21 de abril de 2016

TEXTO 11

A DESVALORIZAÇÃO DO PROFISSIONAL NO MERCADO DE TRABALHO

No texto passado falei sobre uma idade feliz, e me critiquei dizendo que qualquer idade pode ser de felicidade. Hoje vou discorrer acerca de uma fase da vida que é muito difícil para a maioria das pessoas.

Quando somos crianças e temos que seguir ordens o tempo todo de todo mundo, dos pais, dos professores, etc., ficamos sonhando com a maioridade, com a independência e a autonomia. Bom, esse dia chega aí a gente quer voltar a ser criança, pois é mais fácil receber ordens e ter que se preocupar apenas com colorir e brincar, do que se preocupar em formar-se bacharel, trabalhar, se sustentar, e posteriormente sustentar uma família.
Entramos na faculdade com aquela enorme expectativa:

 “Aaahh quando formar eu vou ganhar muito dinheiro na minha profissão e a minha vida vai mudar”.

É uma expectativa boa, de esperança e independência financeira.
Aí a gente se forma e se depara com a dura realidade, “E agora?!”

É triste dizer a verdade, aos que ainda não passaram por essa fase, pois talvez frustre antes da hora suas expectativas, mas quem já passou sabe que é verdade, a desvalorização do bacharel recém formado é uma coisa terrível.
Primeiro que é difícil encontrar um emprego bacana na área de formação, segundo que o pagamento para os iniciantes são valores ínfimos. Na maioria das vezes é muito pouco para sustentar-se sozinho, sem ter que se privar de determinadas necessidades, e do prazeroso momento de lazer.
Aí o que ocorre em seguida? Recorremos aos pais e aos familiares, solicitamos a ajuda financeira para complementar a verba e suprir as necessidades do momento, e percebemos que não somos independentes e nem temos autonomia financeira, gerando frustração e sensação de impotência, sem termos culpa.
O problema maior, é que essa desvalorização do profissional não acontece somente no primeiro emprego, quando ele acaba de formar. Por vezes, pessoas passam anos na mesma empresa, ganhando aumentos irrisórios, que não muda o seu status financeiro de forma considerável. E gera a sensação de tempo perdido, “lutei tanto para isso?”.
Pois bem, posso dar algumas dicas para que isso não aconteça com quem ainda não passou por essa fase difícil da vida, comece a trabalhar em uma boa empresa antes de se formar, assim terá a possibilidade de continuar nela e crescer dentro dela, subir de cargo e ganhar muito dinheiro. Se não der certo, mude para outra.
Durante o curso, faça estágios, e se possível faça vários de preferência, conquiste a todos por onde passar, pois assim nunca ficará desempregado, mesmo que ganhe pouco, os estágios e suas experiências são valiosas para a sua contratação.
Se você deu sorte e nasceu numa família que já possui uma situação financeira muito boa (rica), e gosta do que seus pais fazem prossiga! Aprender com os pais é mais fácil e menos doloroso do que aprender com os outros. Se você não souber dar valor a isso, e não souber aprender com eles, sem dúvidas quando eles se forem dessa vida, você vai perder tudo que eles construíram, e vai ter que começar do zero como as outras pessoas que não tiveram essa chance, só que com uma diferença, você estará velho demais para isso, sua frustração perante aos outros será bem maior.
Por fim, a aqueles que são de família humilde e que tem que começar uma carreira do zero, sugiro que não fique parado num lugar só sendo desvalorizado por muitos anos, não tenha medo de mudanças, só tenha medo de que nada mude.

Autora: Juliane Nunes Soares
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