A DESVALORIZAÇÃO DO PROFISSIONAL NO MERCADO DE TRABALHO
No texto passado
falei sobre uma idade feliz, e me critiquei dizendo que qualquer idade pode ser
de felicidade. Hoje vou discorrer acerca de uma fase da vida que é muito
difícil para a maioria das pessoas.
Quando somos crianças
e temos que seguir ordens o tempo todo de todo mundo, dos pais, dos
professores, etc., ficamos sonhando com a maioridade, com a independência e a
autonomia. Bom, esse dia chega aí a gente quer voltar a ser criança, pois é
mais fácil receber ordens e ter que se preocupar apenas com colorir e brincar,
do que se preocupar em formar-se bacharel, trabalhar, se sustentar, e posteriormente
sustentar uma família.
Entramos na faculdade
com aquela enorme expectativa:
“Aaahh quando formar eu vou ganhar muito
dinheiro na minha profissão e a minha vida vai mudar”.
É uma expectativa
boa, de esperança e independência financeira.
Aí a gente se forma e
se depara com a dura realidade, “E
agora?!”
É triste dizer a
verdade, aos que ainda não passaram por essa fase, pois talvez frustre antes da
hora suas expectativas, mas quem já passou sabe que é verdade, a desvalorização
do bacharel recém formado é uma coisa terrível.
Primeiro que é
difícil encontrar um emprego bacana na área de formação, segundo que o
pagamento para os iniciantes são valores ínfimos. Na maioria das vezes é muito
pouco para sustentar-se sozinho, sem ter que se privar de determinadas
necessidades, e do prazeroso momento de lazer.
Aí o que ocorre em
seguida? Recorremos aos pais e aos familiares, solicitamos a ajuda financeira
para complementar a verba e suprir as necessidades do momento, e percebemos que
não somos independentes e nem temos autonomia financeira, gerando frustração e
sensação de impotência, sem termos culpa.
O problema maior, é
que essa desvalorização do profissional não acontece somente no primeiro
emprego, quando ele acaba de formar. Por vezes, pessoas passam anos na mesma
empresa, ganhando aumentos irrisórios, que não muda o seu status financeiro de
forma considerável. E gera a sensação de tempo perdido, “lutei tanto para isso?”.
Pois bem, posso dar
algumas dicas para que isso não aconteça com quem ainda não passou por essa
fase difícil da vida, comece a trabalhar em uma boa empresa antes de se formar,
assim terá a possibilidade de continuar nela e crescer dentro dela, subir de
cargo e ganhar muito dinheiro. Se não der certo, mude para outra.
Durante o curso, faça
estágios, e se possível faça vários de preferência, conquiste a todos por onde
passar, pois assim nunca ficará desempregado, mesmo que ganhe pouco, os
estágios e suas experiências são valiosas para a sua contratação.
Se você deu sorte e
nasceu numa família que já possui uma situação financeira muito boa (rica), e
gosta do que seus pais fazem prossiga! Aprender com os pais é mais fácil e
menos doloroso do que aprender com os outros. Se você não souber dar valor a
isso, e não souber aprender com eles, sem dúvidas quando eles se forem dessa
vida, você vai perder tudo que eles construíram, e vai ter que começar do zero
como as outras pessoas que não tiveram essa chance, só que com uma diferença,
você estará velho demais para isso, sua frustração perante aos outros será bem
maior.
Por fim, a aqueles
que são de família humilde e que tem que começar uma carreira do zero, sugiro
que não fique parado num lugar só sendo desvalorizado por muitos anos, não
tenha medo de mudanças, só tenha medo de que nada mude.
Autora: Juliane Nunes
Soares
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