Minha vida, não é o mar de rosas que parece!/ Um pouco sobre as minhas raízes

Bom, a vida é algo único, especial, e foi feita pra ser dividida com as pessoas que amamos!! Entretanto, me veio a necessidade de gritar aos sete ventos meus pensamentos, de alguns meses pra cá, algo mudou dentro do meu coração. 

 E passei a enxergar as coisas de outro ângulo, mais detalhista, menos exigente, mais paciente, menos orgulhosa. Deixei de lado sentimentos que me faziam mal por minha culpa, como estresse, preocupação, e a ansiedade (quase totalmente).

Passei a fazer textos e poesias que foram muito elogiados, momento em que várias pessoas me incentivaram a vir aqui e a fazer o BLOG!!

Eu tive coragem e me propus a contar sobre pedaços da minha vida, existe muita coisa o tempo todo que não exponho porque acho que não devo.

Mas hoje vou contar algo muito particular, de forma resumida, para que vocês entendam um pouco das minhas raízes.

Eu tinha uma vida comum quando criança, até aos 9 anos, quando meus pais se separaram (éramos três irmãos, Laís, eu e o Vinícis (Eu filha do meio). 

Foi algo doloroso para mim naquela idade, eu não sabia aceitar. Daí eu virei minha vida de cabeça para baixo por não saber lidar com a situação. Eu mudava de casa com grande frequência, sempre que algo ruim acontecia, eu ia embora. 

Morei com meu pai, morei com meus avós paternos, voltei a morar com a minha mãe, voltei a morar com meus avós paternos. Até que fixei lá por mais tempo, quando meu avô estava no início da doença mal de parkinson. Ajudei a cuidar dele do começo ao fim de sua doença. Fiz massagem nas mãos dele que tremiam muito, buscava água, ajudava ele a andar. Eu vi ele definhar aos poucos, parar de andar, parar de falar, parar de comer. Não porque ele queria, por causa da doença que gradativamente ia lhe roubando todos os movimentos. Vi ele usar sonda ligada diretamente no estomago para se alimentar, através de uma injeção de sopa. Ajudei a dar até banho, eu via tristeza nos olhos dele, por depender de nós para tudo, não conseguir fazer nada sozinho, e estar completamente lúcido, saber o que estava se passando ali. Lembro de perguntar se ele queria algo, se ele estava com frio ou calor, ele só respondia movimentando os dedos, esse sofrimento durou anos, até que ele cumpriu o que tinha que cumprir aqui na terra e se foi. (Não lembro se eu disse a ele o quanto eu o amava, eu ainda era uma criança, lembro que quando fiquei menstruada pelo primeira vez, aos 13/14 anos, ele me deu os parabéns, até hoje eu não sei o porque disso). Não sei porque está vindo ele tanto na minha memória agora. Logo hoje que meu pai vai ter mais um filho, que deve estar vindo ao mundo nesse momento, espero que venha nele um pedaço do meu avó que se foi, com muita saúde para que possamos aproveitá-lo da melhor maneira possível!!

Dessa forma vou fazer uma oração de forma espontânea, para tentar acalmar meu coração, da ansiedade que me consome enquanto não posso ver meu irmão nascer.

"Senhor meu Deus, te peço que tenha misericórdia de nós e traga o Bernardo ao mundo com muita saúde, que se faça cumprir as minhas palavras e meu desejo "Bernado simboliza (união e esperança) na minha vida, porque ele me dá esperança de um futuro melhor para mim, para ele e todos ao seu redor. Ele foi capaz de unir pessoas e sentimentos diversos sem fazer absolutamente nada, somente pelo fato de existir. Atribuo a ele de forma particular a cor verde, porque ele conseguiu unir antes mesmo de nascer, o que ele simboliza para mim, junto ao significado da sua cor. A cor verde significa esperança, liberdade e saúde." Te peço em nome de Jesus seu único filho. Amém!

Voltando á minha vida, após o falecimento do meu avô, minha irmã mais velha Laís foi embora morar na Bahia, isso me doeu por um bom tempo, até eu me acostumar. Passado mais alguns anos, meu Pai também foi embora morar em Salvador, na Bahia, chorei incontáveis dias e noites, pois eu queria ir com ele, mas eu estava com 17 anos e já estava no meu primeiro ano de faculdade, ele não me deixou trancar e ir com ele.
A casa da minha avó foi se esvaziando, momento que fui embora mais uma vez. Fui morar com meus avós maternos. Época em que eles me ensinaram a compreender e aceitar a minha vida de andarilha, de duas famílias, desse vai e vem, momento em que meus pais já haviam se casado novamente.

Terminei a faculdade e morei um ano em Salvador com meu pai, minha irmã e minha madrasta. Minha mãe não podia ter mais filhos, pois depois do terceiro filho havia feito laqueadura, mas com muita luta, fez tratamento e teve seu quarto filho com meu padrasto, meu amado Arthur que completará dois aninhos de idade daqui três meses.
Então chegou a hora do meu pai ter seu quarto filho com sua esposa.
Hoje eu tenho duas famílias, pais e dois irmãos em Patos de Minas-MG (Mãe - Maria Aline Nunes - Paidrasto Eduardo Soares/ irmãos Vinícius e Arthur) e pais e dois irmãos em Salvador-BA (Pai Ronaldo Lopes Soares, Maradrasta Maria Beatriz Gomes/ irmãos Laís e Bernardo.

Estou triste por não estar lá nesse momento, mas se esta é a vontade de Deus eu respeito e aceito, pois em breve eu vou estar lá novamente!!

Se eu pudesse compraria uma mansão para morarmos todos juntos, só pra minha vida ser um pouco mais maluca do que já é!! rs

Obs: Juro que isso é o resumo do resumo do resumo da minha vida!! Não falei nem 1/3 das minhas dores e das minhas alegrias, dos meus tombos e conquistas. Quem sabe resolvo contar mais por aqui, ou talvez escreva um livro!!