TEXTO 08
No texto 06 afirmei que criticar é algo que todos nós fazemos, mas em contrapartida, detestamos ser criticados. E disse que, na minha opinião, o significado da palavra crítica vai muito além do exposto no dicionário, pois, um comentário, uma sugestão, um elogio, um conselho ou até mesmo um incentivo, pode ser uma crítica, (positiva ou negativa), depende da forma que você abstrai as palavras transmitidas por outrem.
No texto 07 discorri sobre a crítica construtiva, incentivando aos meus leitores, a abstrair a crítica, que é algo ruim e transformá-la em algo bom em sua vida, pois pode fortalecer, e isso só depende de você. Deixei ainda ao final o seguinte questionamento: “A crítica construtiva fortalece, e a crítica destrutiva, será que ela mata?!”
A crítica destrutiva para mim é coisa de gente má, arrogante, mesquinha, traiçoeira, egocêntrica, e que tem uma falta enorme de bom senso e de respeito.
Vou citar alguns simples exemplos do que eu acredito se tratar de críticas destrutivas:
Falar que a pessoa é gorda porque quer, sendo que às vezes ela tem algum distúrbio emocional que a leva descontar em comida a sua angústia.
Falar que a pessoa é burra porque ela não consegue tirar notas altas, sendo que às vezes a pessoa tem dificuldade de aprendizado em determinada matéria.
Falar que a pessoa conquistou determinada posição profissional somente pela aparência, sem conhecer seu conteúdo.
Falar que a pessoa que malha muito e tem um corpo físico escultural não tem capacidade intelectual,
Falar que a pessoa não é exemplo de profissional bem sucedido por não ter um carro, sendo que a pessoa honra com todas as suas dívidas dentro do prazo estipulado, e prefere viver com honestidade, do que com ostentação.
Ironizar a situação financeira do próximo, (se é mais rico é porque deu sorte, se é mais pobre é porque é incapaz), etc.
São tantas que nem dá para expor todas, por isso vou falar delas agora de forma abstrata.
A crítica destrutiva, geralmente vem em forma de brincadeira, é quando alguém usa a imagem ou característica de outrem para humilhá-lo indiretamente, e se afirmar perante os demais, é valer-se do humor negro para alfinetar o próximo.
É o tom de voz irônico, debochado, que uma a pessoa usa para apontar defeitos dos outros sem saber o que está por trás deles, acho que está inteiramente ligado ao “preconceito”, julgamento proferido de forma ofensiva, sem conhecer a fundo sobre aquilo que está a profanar.
A crítica destrutiva é também coisa de gente invejosa, que tenta aniquilar alguém que supostamente possa ameaçar seu território, com palavras agressivas e sarcásticas ao mesmo tempo, com intuito total de prejudicar o outro com relação às pessoas que os rodeiam e participam de seu convívio diário.
Posso dizer ainda que, a meu ver, a crítica destrutiva é (quase), o mesmo que o famoso “bullying”, uma das formas de violência que mais cresce no mundo. Muito dificilmente alguém não saber vai saber o significado real dessa palavra, mas mesmo assim vou descrevê-la para não haver qualquer tipo de interpretação errada quanto ao meu ponto de vista.
“Bullyiing é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos, causando dor e angústia e sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder, onde deixa sequelas psicológicas na pessoa atingida.”
Por isso eu disse quase!! Tirando a parte física, o que resta do bullying é crítica destrutiva, é a agressão moral, emocional e psicológica, com o grande poder de desestruturar e desiquilibrar o “EU”, da pessoa que sofre.
A crítica destrutiva é tão maudosa e corriqueira, que daria um livro, mas eu encerro esse texto afirmando que a crítica destrutiva é a mais difícil de lidar, vez que ela causa dor e até MATA, mata sentimentos bons, de expectativa, esperança, coragem e auto confiança.
Para tanto, deixo minha reflexão: Críticas podem fortalecer ou matar. A liberdade de expressão está prevista na Constituição, a escolha é sua e a responsabilidade também.
Autora: Juliane Nunes Soares
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